segunda-feira, 22 de abril de 2013

Medicina Regenerativa





A Medicina Regenerativa tem como objectivo principal o reparo e a substituição terapêutica de tecidos lesados e degenerados por complexos celulares ou moleculares com estruturas e funções equivalentes.

A terapia com tecidos, células vivas ou nucleótidos, uma vez integrada no sistema que foi lesado ou sofre degeneração, amplia a capacidade de recuperação da área através da aceleração da cicatrização, diminuição da inflamação, fortalecimento imunitário e aumento da capacidade de divisão ou diferenciação celular.

O material biológico utilizado para o tratamento pode ser extraído do próprio paciente ou ser proveniente de células e tecidos animais comercializados por laboratórios farmacêuticos certificados pela Comunidade Europeia quanto às boas práticas de qualidade, segurança e estudos de eficácia clínica.

A Medicina Regenerativa é uma especialidade em crescente evolução que está integrada nos conceitos mais avançados da medicina anti-envelhecimento.
















"Os diferentes tipos de tecidos que constituem o coração podem ter o mesmo precursor: uma célula estaminal mestra, capaz de se diferenciar em todas as células cardíacas de um mamífero.
Estes resultados são relatados em dois artigos publicados ontem na revista Cell. Já um outro estudo, publicado este mês na Developmental Cell, apontava neste sentido.

O coração tem muitos tipos de tecidos e até agora pensava-se que tinham origem em precursores distintos. Fazer um coração requer a produção de células de músculo cardíaco, músculo liso e do endotélio. "É uma surpresa que uma única célula possa dar origem a todos estes tecidos e estruturas do coração", afirma Kenneth Chien, do Massachusetts General Hospital e da Escola Médica de Harvard, co-autor de um dos artigos da Cell.

As células estaminais têm a capacidade de se "reinventar" através da divisão celular. Podem dar origem a uma grande variedade de células especializadas, como as do coração. Mas há células estaminais com potenciais de diferenciação diferentes.
Em trabalhos anteriores, a equipa de Chien tinha descoberto células progenitoras de músculo cardíaco, em tecido cardíaco de ratos, ratinhos e humanos recém-nascidos. Estas células definem-se pela presença de uma proteína chamada is|1. Neste trabalho, os investigadores seguiram o desenvolvimento destas células em corações de rato e descobriram que podiam também diferenciar-se em células do músculo liso, do revestimento interno dos vasos sanguíneos (endotélio) e outras linhagens."

Fonte: Jornal Público

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Meteoro com 10 a 40 toneladas fez 1200 feridos na Rússia
 
 
 
Pelo menos 1200 pessoas ficaram feridas depois de um meteoro de 10 a 40 toneladas se ter desintegrado na atmosfera, sobre a Rússia, despejando meteoritos na região de Cheliabinsk, a leste dos montes Urais.
(...)
Os habitantes de Cheliabinsk foram surpreendidos, cerca das 9h30 (3h30 em Lisboa), por um rasto incandescente a cruzar o céu, seguido de um intenso clarão. Uma grande explosão ouviu-se depois, partindo vidros, danificando coberturas e fazendo disparar os alarmes dos automóveis. Muitos dos feridos foram atingidos por estilhaços dos vidros.
(...)
Num balanço apresentado ao princípio da noite, hora local, contavam-se 170 mil metros quadrados de vidros partidos, 2962 edifícios de apartamentos e 361 escolas danificadas. A principal prioridade do Governo era a de acalmar a população e reinstalar os vidros no menor espaço de tempo possível, dada as temperaturas polares que se sentem naquela região nesta altura.
Vários meteoritos terão atingido o solo.“Houve dezenas de fragmentos consideravelmente grandes, alguns dos quais chegaram ao solo”, disse o ministro russo das Situações de Emergência, Vladimir Puchkov, citado pelo agência. “Equipas especiais de cientistas estão no local a estudar estes fragmentos.”
(...)
Não há qualquer relação deste episódio com a passagem do asteróide DA14, que se aproxima nesta sexta-feira da Terra e poderá ser visto com binóculos.(...) O mais provável é que o meteoro russo venha da cintura de asteróides localizada entre Marte e Júpiter, que é a origem da esmagadora maioria de corpos celestes que chegam à Terra.¨
(...)
Quando penetrou na parte mais densa da atmosfera, desfez-se e provocou as várias ondas de choque que vemos nas imagens de vídeo amador que estão a ser mostradas na Internet.



 
 
 
Reflexão: A queda deste meteorito é uma prova da importância da atmosfera terrestre. Sem a sua existência, o tamanho do meteorito, que atingiria a Terra, seria muito maior e consequentemente os estragos por ele causados seriam, igualmente, maiores.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vulcão a fúria da natureza

Os vulcões são aberturas no solo, através das quais emergem à superfície rochas quentes, em fusão, e gases.
Grande parte da crosta terrestre e muitas das montanhas resultam dos vulcões.
Os vulcões são terríveis indicativos de grande calor e pressão existentes nas camadas mais profundas da Terra, isto é, das forças turbulentas que aí se agitam.
Manifestam-se nos pontos onde a crosta se encontra mais fraca, especialmente onde duas placas (secções da crosta terrestre) se encontram ou se separam. Aí, a pressão pode forçar a rocha fundida e outras substâncias do manto a emergir à superfície da Terra.
Quando há erupções vulcânicas, é ejetada a rocha em fusão, chamada magma, que se forma a grandes profundidades. À superfície, o magma pode explodir no ar em fragmentos, que vão desde poeira fina e quente, até grandes pedras chamadas bombas vulcânicas, ou poderá derramar-se sob a forma de torrentes de lava.
O magma que flui contém cristais em suspensão e bolhas de gás. Quando expelido violentamente pelos vulcões, recebe o nome de lava e, pelo resfriamento e solidificação, dá origem às rochas magmáticas ou ígneas.
A composição química dos magmas só pode ser conhecida após sua solidificação. Observa-se então que o oxigênio é o elemento mais abundante. A composição química das rochas ígneas pode ser expressa em termos de sua quantidade de óxidos. O mais importante deles é o de silício (SiO2), que compõe 35 a 75% de uma rocha magmática típica.



 


 

Bibliografia: domingos.home.sapo.pt
 
 
 
Refleção: Como sabemos, os vulcões são estruturas naturais, potencialmente perigosas, uma vez que se forem originadas escoadas lávicas, estas destrõem tudo por onde passam. No entanto, este tipo de erupção não é o mais perigoso pois podemos prever a deslocação das escoadas que, por serem fluídas, se deslocam dos pontos altos para os baixos, tal como a água de um rio.
                  No caso de o magma ter uma percentagem de sílica elevada, a lava, a que este vai dar origem, será mais viscosa, solidificando perto da cratera e dificultando a libertação de voláteis, o que vai provocar explosões e destruição do cone vulcânico, pulverizando, assim, a rocha. A estes fragmentos de rocha damos o nome de piroclastos. Este tipo de erupção é o mais perigoso, uma vez que a deslocação dos materiais provenientes da erupção está totalmente dependente das condições atmosféricas do momento.
 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A floresta da Amazónia perdeu uma área equivalente a Grã-Bertanha

Segundo pesquisa feita em nove países, planos de exploração econômica ameaçam destruir até metade da floresta.
Um estudo inédito realizado pela BBC em nove países sul-americanos revela que, entre 2000 e 2010, a Amazônia perdeu 240 mil quilômetros quadrados de floresta, 3% de sua área total, o equivalente ao território da Grã-Bretanha.
Coordenado pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), que congrega 11 ONGs e institutos de pesquisa regionais, o atlas 'Amazônia Sob Pressão' mediu, com base em imagens de satélite, o desmatamento entre 2000 e 2010 em todos os países que abrigam a floresta, além de mapear as principais ameaças ao ambiente e à população local.
'É importante manter em evidência uma visão geral sobre o que está acontecendo na Amazônia', disse à BBC Brasil Beto Ricardo, coordenador-geral do estudo e membro do ISA (Instituto Socioambiental), uma das principais organizações ambientalistas do Brasil.
Ele explica que, embora haja muitos estudos sobre o desmatamento na Amazônia brasileira, ainda não haviam sido feitas avaliações que incorporassem as porções andina e guianense da floresta.

Segundo o levantamento, entre 2000 e 2010, 80,4% do desmatamento da Amazônia ocorreu no Brasil, país que abriga 58,1% da floresta.
Dono da segunda maior porção de cobertura florestal, com 13,1%, o Peru foi responsável por 6,2% do desmatamento no período, seguido pela Colômbia, que possui 8% da floresta e desmatou 5%.
A pesquisa mostra, porém, que o ritmo de desflorestamento no Brasil e na maioria dos países sul-americanos tem se reduzido desde 2005.

O estudo revela ainda que, apesar de ter caído em termos gerais, a taxa de desmatamento tem se mantido estável no Peru e aumentado na Colômbia e na Guiana Francesa

BBC, MSN-notícias de ecologia
(adaptado)



Reflexão: Com este este estudo ficou mais uma vez provado que têm de ser tomadas novas medidas, visando a anulação da destruição das florestas, revertendo este ciclo destrutivo que vai conduzir a intensas mudanças das condições climatéricase a problemas para todos os subsistemas terrestres.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Descoberta de três novo Asteroides por alunos portugueses

Três novos asteroides (pequenos planetas) foram descobertos por alunos de duas escolas portuguesas no âmbito do projeto "International Astronomical Search Colaboration".
Os jovens "cientistas" portugueses fazem parte de um projeto internacional de "pesquisa de asteróides" - apoiado pela Universidade Hardin-Simmons do Texas - que visa "envolver alunos em projetos ligados à ciência" (...).

Os pequenos descobridores dos três asteroides são alunos da Escola Básica de Vilar de Andorinho, Gaia, com idades entre os 11 e 12 anos, e da Escola Secundária D. Maria II, de Braga, com idades entre os 15 e 17 anos. Dois dos asteroides foram descobertos pela equipa de Vilar de Andorinho e um terceiro asteroide foi identificado pela equipa da escola de Braga.
A descoberta dos asteroides no âmbito do projeto intitulado International Astronomical Search Collaboration (IASC) foi fruto da captação de imagens "do céu noturno pelo Observatório Astronómico dos EUA". Estas imagens são enviadas imediatamente no dia seguinte para as escolas portuguesas e tratadas pelos estudantes com a ajuda de um "software" especial de astronomia, (...).
Nas observações, os alunos sabem que as estrelas não se movimentam, mas quando identificam corpos celestes em movimento também sabem que podem ter conseguido descobrir asteroides, ou seja, restos de formação do sistema solar que refletem a luz que recebem das estrelas.
A participação de Portugal no projeto internacional faz-se através do Núcleo Interativo de Astronomia, uma instituição sem fins lucrativos criada em 2001 por astrónomos profissionais e amadores e cujos objetivos são a divulgação e o ensino da Ciência, em particular da Astronomia e Astrofísica.
Os três asteroides vão ser batizados pelo Minor Planet Center, num processo que pode demorar "vários anos", o tempo necessário para determinar o tamanho ou a trajetória, acrescentou.


Alunos portugueses descobrem três novos asteroides



Fonte:  www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=2895930 
(adaptado)


Reflexão:  Esta descoberta, por estar inserida num programa a nível mundial, dá prestígio não só aos alunos que a fizeram, e à respetiva escola, como também ao ensino português que se revela eficiente. A descoberta destes asteroides vai permitir o estudo da formação do Universo, no caso destes serem observados e alvo de testes laboratoriais.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012


As placas tectónicas

Em 1912, Wegner formolou a Teoria da Deriva dos Continentes (fig. 1), apoiada pelo “encaixe” quase perfeito do continente africano na América do Sul.
Esta teoria admitiu a deslocação dos continentes uns em relação aos outros, mobilismo, desprezando o fixismo, que referia que os continentes ocuparam sempre a mesma posição, desde a formação da Terra até à atualidade.
Após várias investigações, foi formulada a Teoria da Tectónica de Placas, que refere que a camada mais externa da Terra, a litosfera, encontra-se fragmentada em placas de diferentes dimensões e comportamentos de mobilidade, as Placas Litosféricas.


Teoria da Deriva dos Continentes




O que move as Placas Tectónicas?

Correntes de convecção


correntes de convecção
Representação esquemática
do movimento das correntes



Os movimentos das placas são alimentados pelo calor interno da terra, capaz de gerar fluxos de materiais de elevada plasticidade sobre as quais as placas litosféricas.




Correntes de Convecção


Limites de Placas

Os limites de placas são as fronteiras de contacto entre as diferentes Placas Litosféricas, são locais onde se registam movimentos relativos entre elas com envolvimento de grandes quantidades de energia.
Nos limites de placas é possível observar que é onde ocorrem a maioria dos fenómenos vulcânicos e sísmicos de grandes cadeias montanhosas e profundas fossas oceânicas.
Quase todas as placas litosféricas incluem uma parte continental e uma parte oceânica.



Teoria da Tectónica de Placas: fenómenos vulcânicos e limites das placas


Tipos de limites de Placas litosféricas

  • Limites convergentes ou destrutivos

Os movimentos relativos entre duas placas resultam numa colisão de ambas.
Dependendo da densidade dos materiais que as conxstituem, pode implicar o progressivo afundamento da zona fronteiriça de uma placa por baixo da outra, com fusão dos materiais rochosos, ou a sua deformação. Nestes casos de afundamento, as placas litosféricas mais densas (placas oceânicas) afundam por baixo das placas mais “leves” (placas continentais).

  • Limites divergentes ou destrutivos

Quando as placas se afastam uma da outra à ascensão e arrefecimento de magma nas zonas fronteiriças, locais de formação de novos materiais rochosos.

  • Limites transformantes ou conservativos

 As placas deslizam lateralmente, uma em relação à outra, sem perdas nem acréscimos de materiais rochosos.


 Como se movem as placas litosféricas?


A dorsal médio-atlântica afasta a placa euro-asiática da placa norte-americana, sendo que o arquipélago dos Açores está a ser dividido, visto que as ilhas ocidentais se estão a afastar das restantes.
O Vale do Rifte está a afastar o “Corno de África do resto do continente africano.

As placas litosféricas estão sujeitas a um ciclo de formação e destruição que ilustra o poderoso dinamismo geológico da Terra.

                Há cerca de 240 M. a. –  existia um continente e um oceano (Pangeia e Pantalassa)
                Há cerca de 150 M. a. – a Pangeia dividiu-se em Gondwana e Laurásia
                Atualidade – existem 5 continentes e 6 oceanos

A Terra foi palco de sucessivas modelações da sua superfície e respetivos ambientes e do desaparecimento total ou extinção de inúmeras espécies ficando a memória da sua existência preservada no maior arquivo histórico do planeta, as rochas.



Fonte do texto: apontamentos fornecidos pelo Prof. José Salsa no decorrer das aulas (adaptado)


domingo, 7 de outubro de 2012


Tesouros do fundo do mar

Oceanos apoiam os nossos recursos

O mar profundo é ainda relativamente inexplorado, mas investigadores pioneiros de Southampton descobriram no fundo do mar aberturas cheias de vida nova e metais valiosos como ouro, platina e cobre.

Como os recursos de metais preciosos em terras  são cada vez mais um motivo de preocupação, poderíamos considerar olhar para os oceanos, e fornecer os meios para apoiar a nossa sociedade baseada na tecnologia.
Duas equipas de cientistas do Centro Nacional de Oceanografia de Southampton foram os primeiros a descobrir, no fundo do mar, aberturas, no Caribe e na Antártida. Em colaboração com o Natural Environment Research Council, uma equipa liderada pelo Dr. Doug Connelly e pelo biólogo marinho Dr. Jon Copley, encontrou o mundo mais extremo com 5 km de aberturas vulcânicas para baixo numa fenda no fundo do mar do Caribe, enquanto outra equipa, liderada pelo professor Paul Tyler, descobriu um novo conjunto em alto-mar de  respiradouros vulcânicos nas águas geladas do Oceano Antártico.


Fonte: http://www.southampton.ac.uk/promotion/deep_sea_vents_01.shtml
(adaptado e traduzido)


Reflexão: Esta notícia é uma prova de que os oceanos deviam ter um pouco mais da nossa atenção. Podemos verificar, com estas investigações que o fundo inexplorado dos oceanos, pode vir a ser uma fonte de metais preciosos importante para a sociedade.