terça-feira, 20 de novembro de 2012

Descoberta de três novo Asteroides por alunos portugueses

Três novos asteroides (pequenos planetas) foram descobertos por alunos de duas escolas portuguesas no âmbito do projeto "International Astronomical Search Colaboration".
Os jovens "cientistas" portugueses fazem parte de um projeto internacional de "pesquisa de asteróides" - apoiado pela Universidade Hardin-Simmons do Texas - que visa "envolver alunos em projetos ligados à ciência" (...).

Os pequenos descobridores dos três asteroides são alunos da Escola Básica de Vilar de Andorinho, Gaia, com idades entre os 11 e 12 anos, e da Escola Secundária D. Maria II, de Braga, com idades entre os 15 e 17 anos. Dois dos asteroides foram descobertos pela equipa de Vilar de Andorinho e um terceiro asteroide foi identificado pela equipa da escola de Braga.
A descoberta dos asteroides no âmbito do projeto intitulado International Astronomical Search Collaboration (IASC) foi fruto da captação de imagens "do céu noturno pelo Observatório Astronómico dos EUA". Estas imagens são enviadas imediatamente no dia seguinte para as escolas portuguesas e tratadas pelos estudantes com a ajuda de um "software" especial de astronomia, (...).
Nas observações, os alunos sabem que as estrelas não se movimentam, mas quando identificam corpos celestes em movimento também sabem que podem ter conseguido descobrir asteroides, ou seja, restos de formação do sistema solar que refletem a luz que recebem das estrelas.
A participação de Portugal no projeto internacional faz-se através do Núcleo Interativo de Astronomia, uma instituição sem fins lucrativos criada em 2001 por astrónomos profissionais e amadores e cujos objetivos são a divulgação e o ensino da Ciência, em particular da Astronomia e Astrofísica.
Os três asteroides vão ser batizados pelo Minor Planet Center, num processo que pode demorar "vários anos", o tempo necessário para determinar o tamanho ou a trajetória, acrescentou.


Alunos portugueses descobrem três novos asteroides



Fonte:  www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=2895930 
(adaptado)


Reflexão:  Esta descoberta, por estar inserida num programa a nível mundial, dá prestígio não só aos alunos que a fizeram, e à respetiva escola, como também ao ensino português que se revela eficiente. A descoberta destes asteroides vai permitir o estudo da formação do Universo, no caso destes serem observados e alvo de testes laboratoriais.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012


As placas tectónicas

Em 1912, Wegner formolou a Teoria da Deriva dos Continentes (fig. 1), apoiada pelo “encaixe” quase perfeito do continente africano na América do Sul.
Esta teoria admitiu a deslocação dos continentes uns em relação aos outros, mobilismo, desprezando o fixismo, que referia que os continentes ocuparam sempre a mesma posição, desde a formação da Terra até à atualidade.
Após várias investigações, foi formulada a Teoria da Tectónica de Placas, que refere que a camada mais externa da Terra, a litosfera, encontra-se fragmentada em placas de diferentes dimensões e comportamentos de mobilidade, as Placas Litosféricas.


Teoria da Deriva dos Continentes




O que move as Placas Tectónicas?

Correntes de convecção


correntes de convecção
Representação esquemática
do movimento das correntes



Os movimentos das placas são alimentados pelo calor interno da terra, capaz de gerar fluxos de materiais de elevada plasticidade sobre as quais as placas litosféricas.




Correntes de Convecção


Limites de Placas

Os limites de placas são as fronteiras de contacto entre as diferentes Placas Litosféricas, são locais onde se registam movimentos relativos entre elas com envolvimento de grandes quantidades de energia.
Nos limites de placas é possível observar que é onde ocorrem a maioria dos fenómenos vulcânicos e sísmicos de grandes cadeias montanhosas e profundas fossas oceânicas.
Quase todas as placas litosféricas incluem uma parte continental e uma parte oceânica.



Teoria da Tectónica de Placas: fenómenos vulcânicos e limites das placas


Tipos de limites de Placas litosféricas

  • Limites convergentes ou destrutivos

Os movimentos relativos entre duas placas resultam numa colisão de ambas.
Dependendo da densidade dos materiais que as conxstituem, pode implicar o progressivo afundamento da zona fronteiriça de uma placa por baixo da outra, com fusão dos materiais rochosos, ou a sua deformação. Nestes casos de afundamento, as placas litosféricas mais densas (placas oceânicas) afundam por baixo das placas mais “leves” (placas continentais).

  • Limites divergentes ou destrutivos

Quando as placas se afastam uma da outra à ascensão e arrefecimento de magma nas zonas fronteiriças, locais de formação de novos materiais rochosos.

  • Limites transformantes ou conservativos

 As placas deslizam lateralmente, uma em relação à outra, sem perdas nem acréscimos de materiais rochosos.


 Como se movem as placas litosféricas?


A dorsal médio-atlântica afasta a placa euro-asiática da placa norte-americana, sendo que o arquipélago dos Açores está a ser dividido, visto que as ilhas ocidentais se estão a afastar das restantes.
O Vale do Rifte está a afastar o “Corno de África do resto do continente africano.

As placas litosféricas estão sujeitas a um ciclo de formação e destruição que ilustra o poderoso dinamismo geológico da Terra.

                Há cerca de 240 M. a. –  existia um continente e um oceano (Pangeia e Pantalassa)
                Há cerca de 150 M. a. – a Pangeia dividiu-se em Gondwana e Laurásia
                Atualidade – existem 5 continentes e 6 oceanos

A Terra foi palco de sucessivas modelações da sua superfície e respetivos ambientes e do desaparecimento total ou extinção de inúmeras espécies ficando a memória da sua existência preservada no maior arquivo histórico do planeta, as rochas.



Fonte do texto: apontamentos fornecidos pelo Prof. José Salsa no decorrer das aulas (adaptado)